quarta-feira, 7 de março de 2007

Eu, Banqueiro

Como é sabido por todos que sabem ler e interpretar textos, o que exclui alguns personagens que habitam o Brasil, os bancos nunca tiveram lucros tão estupendos desde que estão sob a batuta do (des)governo apedeutico. Mas como todo bom banqueiro é um ser ganancioso por natureza e muito guloso, querem mais. Conseguiram, junto ao COPOM, um pleito que modifica a taxa da TR indexador da poupança. Traduzindo em miúdos, se a taxa SELIC, taxa de juros básica da economia e uma das mais altas do mundo, cair abaixo dos 12% o rendimento daquele investimento cai em média 0,5% ao ano. Pode não parecer muito mas é quase o equivalente a um mês de rendimento do suado dinheiro poupado pelos trabalhadores e ganhadores da mega-sena. Tudo isso para não prejudicar os fundos de investimentos(*), geridos pelos banqueiros. Ah, se subir a taxa de juros o rendimento sobe também. Mas ganha um doce quem apostar nisso.

(*) Uma outra informação reconfortante para quem investe em fundos de renda fixa ou variável. O gestor do fundo dos clientes é o mesmo cara que faz a gestão de rentabilidade do dinheiro do banco que é aplicado no mercado financeiro. Quem será que sai primeiro se um investimento dá errado? E se há uma análise boa, quem será que compra mais barato o título ou a ação?

PS: O mesmo se aplica ao....

Uma nota na Folha Online de hoje.

O lucro líquido dos bancos teve alta de 3,6% em 2006, se comparado a 2005, atingindo R$ 27,5 bilhões, segundo a Austin Rating, responsável pelo levantamento sobre os resultados de 48 bancos no ano passado.

Sem comentários....

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