sábado, 9 de outubro de 2010

Achei esta na Internet e gostei. Atualizei o texto e aqui está!

Apesar de todas as tentativas intelectualóides de associar "comunismo" a valores como liberdade, vanguarda, etc., eu finalmente descobri o que é ser comunista! Vamos lá:
1)Ser comunista é passar o fim-de-semana em casa, num subúrbio qualquer, lendo editoriais velhos de jornais, fumando muito e bebendo cachaça.
2)Ser comunista é impedir que seus filhos usem ou comprem qualquer produto de marca "imperialista" e assim achar que está contribuindo para a derrocada do capitalismo. Pela mesma razão, não tomar Coca-Cola.Chamar os norte-americanos de estadunidenses. Usar a Internet inventada pelos estadunidenses mas chamar os sites de sítios.
3) Ser comunista é militar em algum partido de esquerda, arrumar um emprego numa prefeitura, não fazer porra nenhuma e assim ganhar a vida. Ser comunista é acreditar que o Estado deve pagar as suas contas particulares. É viver de favores de algum político comunista que ajudou a eleger.
4) Ser comunista é acreditar em bobagens que, na prática, num se provaram viáveis ou reais, como a ditadura do proletariado.
5) Ser comunista é manter uma barba meio suja e mal aparada. É usar roupas dos anos 50. É pentear o cabelo todo para trás, com brilhantina. É éncher o seu tempo com assembléias, passeatas, manifestações, congressos -e assim continuar não fazendo porra nenhuma na vida para ganhar alguma grana.
6) Ser comunista é ter em casa, como relíquia, uma gravação em 78 RPM da "Internacional" e escutar o disco chiado nas tardes de domingo.
7) Ser comunista é ter uma mulher feia, igualmente comunista.
8) Ser comunista é uma coisa atrasada, engraçada e em vias de extinção.
9) Ser comunista é um negócio totalmente fora de moda.
10) Ser comunista é acreditar que só seria feliz se o mundo inteiro fosse também comunista. E é também uma tremenda desculpa para a preguiça, a rigidez mental e a a caretice.
11) Ser comiunista é ser infeliz e revoltado para toda a vida.

LISTA DOS TIPOS DA ESQUERDA BRASILEIRA

LISTA DOS TIPOS DA ESQUERDA BRASILEIRA


Abaixo uma lista dos tipos que compõem a esquerda brasileira. A lista não pretende ser exaustiva, razão pela qual certamente será constantemente atualizada. É sempre importante lembrar que alguns indivíduos podem pertencer a mais de um dos tipos citados.


- O filhinho-da-mamãe revoltado. Ele teve tudo o que queria na infância: a mamãe fazia a papinha, dava na boquinha, depois ajudava-o a escovar os dentes, punha-o na cama e lia histórias para ele dormir. Ele acha um absurdo que o Governo não dê o mesmo tipo de tratamento a seus súditos, e é por isso que a fome e a miséria o revoltam tanto. Ele fica tão revoltado, que quer tomar o poder e garantir papinha para todo mundo - desde que possa continuar andando de carro importado e não precise se rebaixar ao ponto de dar uma esmola sequer para o mendigo que vem incomodá-lo nos sinais de trânsito. Encarnação máxima: Lindberg Farias.

- O lacaio do imperialismo. Ele faz tudo o que as grandes organizações globalistas mandam que ele faça. Se elas mandam que ele seja contra as armas, ele logo "descobre" um plano nacional para combatê-las; se elas mandam que ele combata o racismo através das políticas racistas de cotas, é com ele mesmo. Ele também é encarregado de repetir os slogans e mantras que elas lhe passam, de forma que ele fala obsessivamente em "paz", "fim da violência" e "cidadania". E, como tem tantos poderes às suas costas, ele sabe que ninguém vai ousar contrariá-lo. Encarnação máxima: Rubem César Fernandes.

- O revolucionário senil. Ele já era comunista antes de Lênin - e já naquela época tinha cabelos brancos. Os anos foram passando para todo mundo, menos para ele, que não só continua tão velho e decrépito quanto já estava em 1917, como foi incapaz de ter uma idéia nova desde então. Naquela época, porém, ele ainda conseguia fazer alguns jogos lingüísticos habilidosos, e recrutar alguns otários para a causa. Hoje, com sua senilidade crescente, só escreve croniquetas desconexas e infantis, e seus amigos, meio constrangidos, pintam dele uma imagem de doçura e idealismo, quase de santidade. No fundo, porém, até seus amigos sabem que seu idealismo nada mais é que a fidelidade à mesma burrice durante quase um século, sem considerações para as conseqüências reais de suas idéias. Encarnação máxima: briga duríssima entre Ricardo Kotscho, 
Paulo Vanucchi, Plínio de Arruda Sampaio, Franklin Martins, Marilena Chauí, Emir Sader, Dalmo Dallari,  Oscar Niemeyer,  com vantagem para este último.

- O católico ateu. Ele não acredita numa única palavra da doutrina da Igreja a que diz pertencer, mas não vê nisso nenhum motivo para abandonar essa Igreja. Não, ele acha que é a Igreja que deve mudar para ficar mais a seu gosto. Tirem esse antiquado Jesus Cristo daí, e ponham Che Guevara no lugar. Esqueçam esse gordo aquinatense, bom mesmo é Karl Marx, um "instrumento do Espírito Santo". E, onde está dito no Evangelho que o cristão deve buscar primeiro o reino de Deus, leia-se que o cristão deve buscar primeiro criar o reino de Deus na Terra, por quaisquer meios disponíveis. Afinal, a Bíblia também é um instrumento de dominação social, e só o que ele gosta nela é válido - o resto é invenção capitalista. Encarnação máxima: Frei Betto, Leonardo Boff.

- O fresco politicamente correto. Sua consciência está constantemente a atormentá-lo. Ele se sente culpado pelos males do mundo, e só vê grupos oprimidos em todos os lugares para os quais olha. Ele não acredita mais em revolução, mas acha que todos temos obrigação de respeitar os "oprimidos", e não podemos ferir as suscetibilidades dos grupos de minorias. Nada, portanto, de piadas de negros, de judeus, ou de mulheres. É preciso, sempre, acompanhar o ritmo dos tempos e pensar exatamente igual aos liberais da moda na New Yorker ou no New York Times. Encarnação máxima: Caio Blinder

- O líder negro alfabetizado. Ele teve uma infância pobre. Com muito custo, conseguiu uma vaga numa escola pública e, de lá, uma vaga numa universidade. Nunca aprendeu a ler nem a escrever direito, mas arrumou um título de "doutor", e, quando alguém lhe disse que ser culto significa ter um diploma, ele acreditou. Depois lhe disseram que seu dever de intelectual negro era lutar para que todos os outros negros tivessem a mesma trajetória que ele e, para isso, ele deveria negar a existência da nação brasileira, proclamando que a unidade da raça é mais importante que a unidade nacional, e combater o racismo pregando políticas de preferências raciais. E ele ainda se acha muito independente, sem perceber que seus fundos vêm de multinacionais e ONGs a serviço do globalismo. Encarnação típica: Edson Santos

- A aluna de comunicação da PUC. Ela anda de carro importado, veste as roupas mais caras, viaja para o exterior sempre que quer, mas está sempre revoltada com seus pais, que a exploram e oprimem. Por isso, fica nas casinhas da PUC fumando maconha, freqüenta raves e lê os índices dos livros de Marcuse. Nunca conseguiu ler nada além disso, mas tem idéias sobre tudo e todos, e acha que quem discorda dela é um reacionário ultrapassado. Algumas mais espertas descobriram que poderiam ganhar a vida pensando e escrevendo sobre sexo em grandes jornais, e finalmente encontraram uma utilidade para seu diploma; as outras enchem as redações de jornal com seus textos infantis, seus chinelos sujos, suas preocupações mesquinhas e sua incultura pomposa. Encarnação máxima: Regina Navarro Lins.

- O político de esquerda oportunista. Em nome das políticas ditas de esquerda, dos movimentos sociais, da ascensão dos pobres, ele se elege e depois que está no poder ou ligado ao poder, faz as mesmas maracutaias que aqueles que ele antes combatia, faziam. Coloca seus amigos, companheiros de partido e parentes em cargos comissionados e cargos relevantes em estatais, ajuda as empresas e cupinchas que o apoiaram na campanha a ganharem negócios milionários no governo, cobra comissão para isso depositada em paraísos fiscais, fica rico em muito pouco tempo, deixa de tomar cachaça e passa a tomar uísque 25 anos, deixa de comer mortadela e passa a comer caviar, no palanque diz que ajuda os pobres mas nos bastidores chama eles de imbecis. Diz que as críticas a seus malfeitos é factóide mas ao mesmo tempo, se declara injustiçado pelos seus opositores, que estão movendo uma campanha de calúnias contra ele. Ele pode caluniar à vontade mas se criticado, chama seus críticos de caluniadores.É um cara de pau tão quanto muitos que ele critica. Encarnação máxima: Lula.

- O cientista revoltado. Ele acredita piamente que, de suas pesquisas, poderiam sair tecnologias que mudariam o mundo. Isso só não acontece porque o maldito governo neoliberal não lhe dá o dinheiro suficiente, interessado que está em manter o Brasil preso às garras das superpotências mundiais. Ah, mas num governo comunista, tudo seria diferente, pensa ele. Aí, sim, minhas idéias seriam respeitadas, eu seria membro de alguma comissão, trabalharia para o Estado com amplas garantias financeiras, e ainda por cima poderia mandar em um monte de gente. Enquanto o sonho não se realiza, ele vai extorquindo o máximo de dinheiro público que conseguir, e defendendo apaixonadamente as universidades públicas e "gratuitas". Encarnação máxima: Luiz Pinguelli Rosa.

- A feminista louca. "Dêem, meninas, dêem para quantos aparecerem, quantas vezes quiserem! Mostrem aos homens seu poder feminino! Ah, engravidaram? Três palavras para vocês: Aborto, aborto, aborto. Não deixem que as velhas estruturas machistas da sociedade ocidental, como a Igreja Católica, impeçam que vocês usufruam de seus corpos como desejarem. E se algum homem vier reclamar, mande-o calar a boca instantaneamente. Homem não tem direito a voz, porque é criatura inferior e porque só está interessado em nos oprimir. Mas, ainda assim, eu sou católica apostólica romana, e quero o apoio dos padres na minha campanha." E ela vai repetindo seu discurso maluco, rancoroso e icoerente, levando atrás de si uma massa de "alunas de comunicação da PUC", de "padres ateus" e de "frescos politicamente corretos". Encarnação máxima: páreo duríssimo entre Narcisa Tamborindeguy e Marta Suplicy, com vantagem para a segunda.

Pastor Silas Malafaia: A Verdade Sobre o 2º Turno das Eleições 2010

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Lula, segundo Camões

OS LULLASÍADAS
(ODE 51)
Os votos e os ladrões assinalados
Que do nordeste agreste lullistano
Por artifícios nunca d’antes perpetrados
Passaram inda além das maracutaias,
Sem perigos e guerras esforçados
De quem vive na política gandaia
E da gente humilde afanaram
A grana com que tanto enricaram;
E também as memórias ingloriosas
Daqueles sem terra que foram se apossando
Com engodo e fraude das terras produtivas
Que do norte ao sul andaram invadindo,
E aqueles que por obras viciosas
Se vão da lei sempre se lixando,
Cantando espalharei por toda parte,
Se a tanto me ajudar o engenho e arte.
Cassem do vernáculo e da gramática
Os erros nos discursos que fizeram;
Cale-se de Machado e de Queirós
Os textos sublimes que escreveram;
Que eu canto o peito ilustre Lullistano,
A quem as Martas e Matildes obedeceram.
Cesse tudo o que o PT antigo canta,
Que outro PT apequenado se abrilhanta.
Deste ócio parlamentar sem mais temores,
Alcança os que são de fama amigos
Trezentos picaretas e graus maiores;
Encostando-se sempre nos antigos
Companheiros de cachaça e assessores;
Foram anos dourados, entre os finos
Lençóis de fio egípcio, puros linhos;
Se esta gente que busca Ministério.
Cuja valia e obras tanto acusaste,
Não queres que padeçam vitupério,
Como há já tanto tempo que ordenaste,
E ouças mais, pois não és juiz direito,
Dar razões a quem sucede que é suspeito.
Passando ao largo o vento acalma
Mas não duraria muito a calmaria
Eis que um falso amigo denuncia
Que um senhor falto de cabelos
Traz malas cheias de alegria
Mês a mês, com acertada pontaria,
Pontualidade de antemão agradecida
Pelos súditos que dançavam a quadrilha.
Entre gentes tão fiéis e tão medrosas,
Mostra quanto pode; e com razão,
É tão fácil entre ovelhas ser leão.
Sabe bem o que o Dirceu arquitetou,
E de tudo o que viu com olho atento,
Negou e negando assim ficou,
Até mesmo quando outro companheiro
Num hotel foi pego com dinheiro.
São uns aloprados, explicou.
Mas, com risonho e ledo fingimento,
Tratá-los duramente determina,
Pois assim engana o povo, imagina.
Mas não lhe sucedeu como cuidava.
Eis que aparecem logo em companhia
Uns comparsas que freqüentavam aquela
mansão, que de bordel em nada parecia.
Corrupto já lhe chamam os inimigos,
Danoso e mau ao fraco corpo humano
E, além disso, nenhum contentamento,
Que sequer da esperança fosse engano.
Mas enxerga-se, num e noutro bando,
Partido desigual e dissonante
São muitos contra muitos; quando a gente
Começa a alvoroçar-se totalmente
Viram todos o rosto aonde havia
a causa principal do reboliço:
entra em cena um caseiro, que trazia
o testemunho sincero do serviço
que as damas ali prestavam
para tão seleta companhia,
e onde fortunas repartiam..
Não perguntava, mas sabia
As alegres badaladas que ali via.
É um suceder de ventos malcheirosos.
Denuncia a imprensa dos maldosos
que o divino comandava um corpore ativo
não explicando à roda solta a gastança
com uns cartões em prol da segurança
da coroa e do cetro lul-lalante.
São rubis, esmeraldas, diamantes,
em luzentes assentos bem cuidados,
estofados à conta do erário.
Outros serviçais todos assentados
na Ordem e no Progresso concertavam
desculpas para os tucanos que acusavam
fazendo coro com os democratas que gritavam.
(Precedem os antigos, mais honrados,
Mais abaixo os menores se assentavam);
Quando o divino alto, assim dizendo,
com tom de voz começa grave e horrendo:
- «Eternos moradores do luzente,
Estelífero Pólo e claro Assento:
sou o grande valor pros crédulos e inocentes,
de mim não perdeis o pensamento,
deveis de ter sabido claramente
como é dos fatos grandes certo intento
que por ela se esqueçam os humanos
Genoínos, Delúbios, Gregos e Romanos”
Mas em particular o esperto mui sabia,
que mentir o faz mais elegante,
Vereis como sorria e escarnecia,
Quando das artes bélicas, diante
Dele, com larga voz tratava e mentia.
Para a disciplina militar ali prestante:
“-não se aprende, senhores, na fantasia,
sonhando, imaginando ou estudando,
senão vendo, cupinchando e armando”..
Mas eis que fala falso, mas alto e rude,
da boca dos pequenos sabia, contudo,
que o louvor sai às vezes acabado.
“Tem-me falta na vida honesto estudo,
com longa malandragem misturado,
E engenho, que aqui vereis presente,
cousas que juntas se acham raramente”.
“Para servir-vos, braço às armas feito,
Para cantar-vos, minto às Musas dada;
Só me falece ser a vós aceito,
De quem virtude deve ser prezada”.
Se isto o Céu concede, e o vosso peito
Oh dígna empresa, dígno empreiteiro,
com a ladroagem mente e vaticina
olhando a sua substituta assaz divina,
a má, a ladra, a serpentuosa Medusa,
agora a seu lado, na falsidade inclusa:
“faça vista grossa para temas nauseantes”.
Falaram-lhe até que uma tal de Hipotenuza
e sua amiga uma tal de Geometria
acusam-no de comportamento ultrajante!
“Não as conheço, nunca ouvi falar,
como saber e conhecer não é meu forte,
dos amigos acuados não me afasto, me aproximo,
somos vinhos da mesma pipa, e subestimo,
aqueles que intentam me acusar.
O tempo passa, tudo há de se abafar!”
“Com a minha estimada e leda Musa
que me inspira o engodo e a farra plena,
apanágio do malandro e do farsante,
passeio pelo mundo em nau a jato,
de sorte que a justiça não me alcance,
como posso saber, se sou errante,
metamorfose ambulante?
Crédito: Lúcio Wandeck